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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Experiência de leitura e escrita

Experiência de leitura e escrita


Quando comecei a lecionar Matemática imaginava que meu trabalho seria totalmente direcionado aos números e tive minha primeira decepção; quando um de meus alunos ao tentar resolver um problema me perguntou se era conta de vezes ou de dividir.Naquele momento percebi que o trabalho com Matemática estava além dos algarismos, dos algoritmos e das fórmulas que havia estudado na faculdade, foi então que procurei saber como fazer para melhorar minha prática na escola e num dos cursos que estava fazendo acabei por constatar que o que estava faltando para aquele aluno  e para muitos outros alunos a quem ministrava aulas era falta de leitura, não leitura como decifração , mas sim leitura proficiente, compreensiva e reflexiva valendo de estratégias que desvendassem os textos, que passassem informações e que assim,ampliassem a visão de mundo dos alunos.A partir deste momento foi que comecei a trabalhar com momentos de leitura dirigidas  dentro da disciplina de Matemática e assim fui constatando que os alunos não mais ficavam só dependendo do professor , mas conseguiam progressivamente ficar mais autônomos,mais interessados nas leituras e que conseguiam agora resolver problemas que antes nem tentavam.Atualmente atuando como professor coordenador  pedagógico procuro sempre mostrar aos professores de todas as disciplinas que o papel de ensinar a leitura não cabe só ao professor de Língua Portuguesa, mas depende de cada um deles.Quanto a escrita, acho que a grande maioria dos cursistas  têm recordações, principalmente a respeito da cartilha Caminho Suave e recordações muitas vezes não muito boas, principalmente depois que passamos a trabalhar com alfabetização e a entender como se dá o processo de aquisição da escrita; antigamente éramos trabalhados totalmente fora da nossas realidades ,sem contextualização alguma, perdíamos muito tempo nos preparando para poder escrever, fazendo "sobes e desces" e contornando coisas, ainda aprendíamos letra por letra em sequência utilizando as famílias silábicas, escrevíamos muito pouco  e apenas decodificavamos essa escrita.O que me marcou nessa época foi a professora, a Dona Maria Inês era um amor de pessoa e sempre dava muita atenção aos seus alunos e como estava em uma sala multisseriada de 1ª e 2ª série, ainda na 1ª série já me apropriava dos conteúdos trabalhados na 2ª série e logo passei a gostar de ler e escrever mesmo não tendo muitos livros, lia tudo o que encontrava pela frente e hoje vejo esse trabalho com leitura e escrita como primordial para termos pessoas proficientes na leitura e escrita. 

Autor- Marcio Roberto Gabriel

Um comentário:

  1. Aprender a ler foi uma coisa tão natural , que nem me lembro ao certo como foi. bom assim neh?

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